Dentre as variadas atividades práticas que podemos passar em sala de aula, existem aquelas que exigem material apropriado. Nem sempre nós professores temos como oferecer esse material ao aluno. Muitas vezes a escola não disponibiliza por falta de recursos ou burocracias, que não vem ao caso nesse momento. O fato é que o aluno também não tem como trazer de casa. Dessa forma, em vários casos, é na ausência dessa material que, nós professores, encontramos justificativa para o não cumprimento das aulas práticas. O ideal para essas aulas, não só em Artes, mas em qualquer disciplina, é que os recursos sejam abundantes ou pelo menos suficiente para a efetiva aprendizagem. É isso que nós acreditamos e queremos para o enriquecimento de nossas aulas, porém enquanto esse recurso não chega até nossas mãos, temos que, juntos, buscarmos alternativas usando sempre a nossa criatividade, interesse e inovação. Em artes, temos soluções baratas e práticas para o desenvolvimento de algumas atividades:
1) Pó “Xadrez” (usado para colorir chão de cimento e paredes, encontrado em Casas de Material de Construção) misturado com água e cola branca rendem tinta para a escola toda.
2) Pigmentos de vários tons de terra misturados com cola branca também viram “tinta” que deslizam naturalmente no papel, além de também oferecer a oportunidade dos alunos saírem em busca de matéria prima em torno da escola.
3) Imagens de jornais e revistas são grandes aliadas nos trabalhos de leitura de imagens, composição visual, semelhanças e diferenças, análise do público alvo, expressão da imagem, e por aí vai...
4) O auto-retrato e o retrato do colega dependem apenas de folha branca e lápis. Nessas atividades não é obrigatório o uso de cores.
5) Para uma atividade de desenho de observação pode ser apresentado aos alunos o movimento Impressionistas juntamente com seus artistas, fundamento do movimento, suas influências e atitudes. Passada a fase de conhecimento e apreciação, convide os alunos para saírem da sala de aula assim com os impressionistas abandonaram seus ateliês. Eles irão observar a paisagem e registrá-la à sua maneira, com influência da luz solar e das sombras, registrando assim as impressões que estes efeitos exercem na paisagem.
6) Para a quebra do pensamento de que a arte tem de ser sempre “bonita” ou “certinha”, recorremos a atividades de desconstrução de imagens. Para isso podemos apresentar o Cubismo e suas fases. Para uma atividade de colagem cubista podemos utilizar imagens encontradas em jornais e revistas, ou ainda apropriar de desenhos que os próprios alunos elaboraram em atividades anteriores. O professor também pode levar um único objeto, apresentá-lo aos alunos e pedir que façam um desenho de observação analisando os vários ângulos visuais.
Partindo desse desenho, o professor pode pedir a desconstrução da imagem baseada nos princípios do Cubismo.
7) Sugestão: Caixa de Material de uso Comum à Separe uma caixa de papelão (pode ser de sapato), coloque nela o máximo de material que você puder; cola, tesoura, lápis de cor, giz de cera, fitas coloridas, fitas adesivas, retalhos de tecidos, miçangas, sucatas, enfim todo material que você e seus alunos conseguirem juntar. Essa caixa será de uso comum à todos, ou seja, ficará exposta na sala à disposição dos alunos nas atividades práticas que envolvam o processo criativo. Ao final da aula, recolha a caixa e guarde no seu armário ou na secretaria. Você pode montar quantas caixas puder. Com um tempo, terá um bom estoque de material inusitado e diverso que irá enriquecer e muito suas atividades práticas. Sem falar que os alunos irão adorar encontrar “coisas” em casa que poderão ser utilizadas nas aulas e trazer para incrementar a caixa.
Boa Sorte à todos!
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