O entendimento antropofágico para o exercício da criação de arte brasileira acompanhada de tendências estrangeiras e mantendo características nacionais é um caminho interessante e foi desafiador nos anos 20, tanto que sacudiu a poeira de muito coisa. Hoje, a essência da Antropofagia nem precisa de nossa defesa, pois o tempo foi mestre em mostrar as metaformoses da arte: cada dia uma idéia nova, uma loucura falando verdade, um choque de realidade, uma beleza de feiura que machuca e provoca... são várias as indagações e inquietudes que nos convidam a refletir, a ter senso crítico e pricipalmente, falar sobre ele de maneira irreverente e pertinente ao mesmo tempo.
Mas, voltando ao ponto de "misturar" ou "comer" informações externas e mesclar com a nossa nacionalidade e depois produzir algo novo, entramos numa cadeia alimentar. Ou seja, depois de copiarmos "eles" e misturar com o que temos, precisamos copiarmos "eles" novamente para pensarmos em nós mesmos prioritariamente.
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