Conversando
sobre Trabalho através da Arte.
Que tal?
Vários
artistas de diferentes épocas retrataram em suas obras o ambiente de Trabalho,
seja ele braçal, burocrático, satisfatório ou não. Dando uma passeada em
algumas obras podemos perceber visualmente vários aspectos relacionados ao
trabalho, e a partir dessas percepções podemos levantar questões filosóficas e
interessantes que são pertinentes ao debate saudável dentro de sala de aula. A
partir dessas questões, é possível desenvolver um trabalho como, por exemplo,
uma sequencia de atividades envolvendo o processo criativo, seja através do desenho, encenação, produção textual, apresentação
de seminário, etc.
De início, convidamos os alunos
para a leitura de imagens:
Operários,
Tarsila do Amaral
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Navio
de Imigrantes, Lasar Segall
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O
Café, Cândido Portinari
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Cena
do filme “Tempos Modernos”, com Charlie Chaplin
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As indagações sobre cada obra
deverá ser feita por nós professores, para que os alunos se sintam envolvidos e
curiosos em perceber cada detalhe descobrindo as possíveis histórias e
comparando com ideia previamente formada sobre trabalho que cada um traz
consigo.
Outro olhar: Trabalho como tortura?
Talvez você já
tenha visto camisetas que trazem estampados o simpático (e preguiçoso) gato
Garfield e a frase “Odeio segunda-feira!”, representando o sentimento quase
universal de desânimo diante do trabalho. De fato, enquanto o próximo e
desejado final de semana não chega, busca-se alento no happy hour, como se a “hora feliz” só pudesse existir no tempo após
o trabalho.
Confirmando esse sentido negativo,
a própria palavra trabalhar deriva do
latim tripaliare, que nomeava o tripálio, um instrumento formado por
três paus, próprio para atar os condenados ou para manter presos os animais
difíceis de ferrar.
A origem comum identifica o trabalho à tortura!!!!! ????
Se a vida
humana depende do trabalho, e este causa tanto desprazer, só podemos concluir
que o ser humano está condenado à infelicidade. Para reverter esse quadro
pessimista, vejamos os aspectos positivos do trabalho.
A humanização pelo trabalho:
Podemos dizer
que o ser humano se faz pelo trabalho, porque ao mesmo tempo que produz coisas,
torna-se humano, constrói a própria subjetividade. Desenvolve a imaginação,
aprende a se relacionar com os demais, a enfrentar conflitos, a exigir de si
mesmo a superação de dificuldades. Enfim, com o trabalho ninguém permanece o
mesmo, porque ele modifica e enriquece a percepção do mundo e de si próprio.
Para
refletir:
Para se
emancipar, a mulher precisou ter amplo acesso ao mercado de trabalho, não só
para garantir sua autonomia financeira com relação ao homem (pai ou marido),
mas também para construir uma nova identidade e tornar-se mais livre em suas
escolhas.
Quais as possíveis histórias que estão por
trás de cada uma dessas mulheres?
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Estamos, portanto, diante de impasse: O trabalho é tortura ou emancipação?
Fonte: Livro Filosofando – Introdução à Filosofia, Maria Lúcia de Arruda Aranha e
Maria Helena Pires Martins – Editora Moderna.
Adaptação: Fabíola Garcia de Oliveira, Arte-Educadora,
Analista Educacional PIP/CBC – SEE MG.
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