quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Tema: Trabalho


Conversando sobre Trabalho através da Arte. 
Que tal?
Vários artistas de diferentes épocas retrataram em suas obras o ambiente de Trabalho, seja ele braçal, burocrático, satisfatório ou não. Dando uma passeada em algumas obras podemos perceber visualmente vários aspectos relacionados ao trabalho, e a partir dessas percepções podemos levantar questões filosóficas e interessantes que são pertinentes ao debate saudável dentro de sala de aula. A partir dessas questões, é possível desenvolver um trabalho como, por exemplo, uma sequencia de atividades envolvendo o processo criativo, seja através do desenho, encenação, produção textual, apresentação de seminário, etc.
De início, convidamos os alunos para a leitura de imagens:



Operários, Tarsila do Amaral
Navio de Imigrantes, Lasar Segall


O Café, Cândido Portinari

Cena do filme “Tempos Modernos”, com Charlie Chaplin

As indagações sobre cada obra deverá ser feita por nós professores, para que os alunos se sintam envolvidos e curiosos em perceber cada detalhe descobrindo as possíveis histórias e comparando com ideia previamente formada sobre trabalho que cada um traz consigo.

Outro olhar: Trabalho como tortura?

Talvez você já tenha visto camisetas que trazem estampados o simpático (e preguiçoso) gato Garfield e a frase “Odeio segunda-feira!”, representando o sentimento quase universal de desânimo diante do trabalho. De fato, enquanto o próximo e desejado final de semana não chega, busca-se alento no happy hour, como se a “hora feliz” só pudesse existir no tempo após o trabalho.
Confirmando esse sentido negativo, a própria palavra trabalhar deriva do latim tripaliare, que nomeava o tripálio, um instrumento formado por três paus, próprio para atar os condenados ou para manter presos os animais difíceis de ferrar.


A origem comum identifica o trabalho à tortura!!!!! ????

Se a vida humana depende do trabalho, e este causa tanto desprazer, só podemos concluir que o ser humano está condenado à infelicidade. Para reverter esse quadro pessimista, vejamos os aspectos positivos do trabalho.

A humanização pelo trabalho:
Podemos dizer que o ser humano se faz pelo trabalho, porque ao mesmo tempo que produz coisas, torna-se humano, constrói a própria subjetividade. Desenvolve a imaginação, aprende a se relacionar com os demais, a enfrentar conflitos, a exigir de si mesmo a superação de dificuldades. Enfim, com o trabalho ninguém permanece o mesmo, porque ele modifica e enriquece a percepção do mundo e de si próprio.

Para refletir:
Para se emancipar, a mulher precisou ter amplo acesso ao mercado de trabalho, não só para garantir sua autonomia financeira com relação ao homem (pai ou marido), mas também para construir uma nova identidade e tornar-se mais livre em suas escolhas.

Quais as possíveis histórias que estão por trás de cada uma dessas mulheres?


  










Estamos, portanto, diante de impasse: O trabalho é tortura ou emancipação?

Fonte: Livro Filosofando – Introdução  à Filosofia, Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins – Editora Moderna.
Adaptação: Fabíola Garcia de Oliveira, Arte-Educadora, Analista Educacional PIP/CBC – SEE MG.





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