Os Conteúdos Básicos Curriculares propostos pela Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais, é uma alternativa pertinente, organizada, e ao mesmo tempo desafiadora para o profissional comprometido. Ao contrário do que muitos colegas pensam e dizem, eu entendo que o CBC não é um documento engessado e pronto; ou seja, não se trata de receita de bolo onde os ingredientes não podem e nem devem ser substituídos. Sendo assim, também não se trata de um cronograma pronto de ações a serem feitas como uma receita que seguimos na cozinha.
Quando nós professores nos queixamos que os livros didáticos não contemplam o CBC ou vice-versa, estamos de certa forma fazendo um discurso equivocado no que diz respeito ao nosso compromisso com o trabalho que propomos a fazer.
Por quê?
Porque somos professores! Pesquisadores constantes em várias fontes, ferramentas, metodologias, acervos, experiências, etc.
O CBC não substitui o Livro Didático, e o Livro Didático não é uma cópia do CBC. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa!
Os Conteúdos Básicos Comuns são os conhecimentos que cada ano de escolaridade da Educação Básica precisa adquirir para que esteja preparado para o prosseguimento dos estudos, para o mercado de trabalho, para emitir opinião pertinente nos acontecimentos à sua volta, para ter senso crítico diante do contexto social em que vive e também, no momento em que estão nas escolas, para terem preparo suficiente ao se depararem com as Avaliações Externas, de acordo com o SIMAVE (PROEB/PAAE), SAEB e ENEM. E para tanto, as sugestões de conteúdos divididas no CBC por Eixos Temáticos, acompanham as Matrizes de Referências, para que haja consonância entre o que será estudado e o conteúdo que será cobrado.
Voltando ao ponto que nós professores somos pesquisadores, entendo que uma coisa leva a outra. Quando elaboramos nosso planejamento anual ou quando planejamos nossas aulas, devemos utilizar o CBC sim, como orientação organizada dos conteúdos à serem trabalhados. E diante dessa organização em mãos, podemos buscar vários auxílios, assim como o uso do livro didático adotado por nossa escola e também fazer uso simultâneo de outras alternativas, tais como, os jornais, charges, meios de comunicação, acontecimentos que envolvam a comunidade, as aulas dos colegas (interdisciplinaridade), enfim não podemos desprezar nenhuma possibilidade de enriquecer nossas aulas e tornar os conteúdos mais contextualizados e significativos para nossos alunos.
Seguir um único livro “de capa a capa” no decorrer do ano, sem fazer as devidas associações e leituras intertextuais dos assuntos propostos pode ser um tanto cômodo para o professor e um tanto limitado para o aluno. E esperar que o CBC nos dê um roteiro de aulas prontas é transferir nosso trabalho a um documento. É natural que tanto uma hipótese como a outra nos deixe insatisfeitos.
Porque bom mesmo é achar pronto!
O desafio é para o Profissional Comprometido! Aquele que acredita, que tenta, que inventa, que descobre, que pesquisa, que investiga e que troca experiência, não lamentações!
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